História da Igreja Católica Apostólica Romana

 

 

A história da Igreja Católica remonta a Jesus Cristo e ao Apóstolo Pedro, a quem, segundo a teologia católica, Cristo prometeu o Primado da Igreja fundada por Ele: "Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja" e "Te darei as chaves do Reino dos Céus" (cf. Mt 16, 17-20) e depois da ressurreição o confirmou: "Apascenta os meus cordeiros" (cf. Jo. 21, 15-17) e que teria apontado Pedro, depois Bispo de Roma, e seus sucessores, como fundamento e cabeça visível de toda a Igreja. A grande maioria dos historiadores também aceita que, de fato, neste momento, foi fundada a Igreja Cristã.

 

A fundação da Igreja Católica, que nesta época ainda era considerada uma seita ligada ao judaísmo, só se consumou no dia de Pentecostes. Perseguidos pelo Sinédrio, rapidamente os cristãos se desvincularam da sinagoga, criando, de fato, a igreja cristã separada da religião judaica. A palavra catolicismo só começou a ser utilizada no fim do século I; alguns historiadores sugerem que os próprios apóstolos poderiam ter utilizado o termo para descrever a Igreja. O termo "católica" vem do grego e significa "universal", o que invoca o princípio de que desde o começo a Igreja foi aberta a todos, inclusive aos gentios, e estes foram declarados desobrigados de obedecer a antiga Lei de Moisés, conforme ficou definido no ano 49 da era cristã no Concílio de Jerusalém, o primeiro concílio, retratado em At 15: 6.

 
 


(Miniatura de 1200 d.C. retratando os 11 discípulos, São Matias que foi escolhido no Lugar de Judas, e Maria recebendo o Espírito Santo no dia de Pentecostes.)

 
 

Muitos discutem entre si acerca de quando principiou a Igreja. Alguns creem que a Igreja de Cristo é a continuação ou a renovação do Israel do Primeiro Testamento. Outros asseveram que a Igreja não existia naquele Testamento, mas que principiou na nova Dispensação. Vejamos o que as Escrituras dizem a este respeito:

 

Em Ef 3: 4-5, Paulo fala da Igreja como um "mistério" que noutros tempos não fora revelado aos homens, como agora tinha sido aos seus santos apóstolos e profetas pelo Espírito Santo. E ainda no verso 9 demonstra que a Igreja é um "mistério" que desde o principio do mundo esteve oculto em Deus. (Ver também Cl 1: 26 e Rm 16: 25-26). A Igreja era, pois, um segredo de Deus durante tempos do Primeiro Testamento e nunca foi revelado antes do aparecimento dos apóstolos e profetas do Testamento.

Em Mt 16: 18, o Senhor Jesus disse: "Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja". Por outras palavras, a Igreja ainda estava para se revelar quando o Senhor proferiu estas palavras.

E ainda em Efésios 4: 8-11 Paulo frisa que é Cristo ressuscitado e assunto ao Céu, que dá dons a Igreja. Isto prova que, para admitir que a Igreja existisse antes da Sua ressurreição, temos de admitir que lhe faltavam dons para sua edificação.

Nós cremos que é possível, não somente provar que a Igreja principiou na nova Dispensação, mas também que ela principiou no Dia de Pentecostes.

 

O corpo de Cristo (Sua Igreja) foi formado pelo batismo do Espírito-Santo (1 Cor 12: 13). Será possível sabermos quando se realizou o batismo do Espírito-Santo?

No livro dos Atos dos Apóstolos 1: 5, O Senhor Jesus, antes da Sua ascensão, prometeu aos apóstolos: "Sereis batizados com o Espírito-Santo, não muito depois destes dias".

No Dia de Pentecostes "foram todos cheios do Espírito-Santo, e começaram a falar noutras línguas" (Atos 2: 4).

No cap. 5:11 verificamos que a Igreja já existia, porque lemos: "e houve grande temor em toda a Igreja."

São fatos que, bem considerados, nos levam a crer que o nascimento da Igreja foi no Dia de Pentecostes.

 


(São Pedro que sempre recebe nas suas iconografias chaves representando as Chaves do Reino do Céu que recebeu do Próprio Jesus Cristo.)

 

 

Perseguição e crescimento

 
 

O Cristianismo nasceu e desenvolveu-se dentro do quadro político-cultural do Império Romano. Durante três séculos o Império Romano perseguiu os cristãos, porque a sua religião era vista como uma ofensa ao estado, pois representava outro universalismo e proibia os fiéis de prestarem culto religioso ao soberano imperial. Durante a perseguição, e apesar dela, o cristianismo propagou-se pelo império. As principais e maiores perseguições foram as de Nero, no século I, a de Décio no ano 250, a de Valeriano (253-260) e a maior, mais violenta e última a de Diocleciano entre 303 e 304, que tinha por objetivo declarado acabar com o cristianismo e a Igreja. O balanço final desta última perseguição constituiu-se num rotundo fracasso. Diocleciano, após ter renunciado, ainda viveu o bastante para ver os cristãos viverem em liberdade graças ao Édito de Milão, iniciando-se a Paz na Igreja.

 

No decurso do século IV, o Cristianismo começou a ser tolerado pelo Império, para alcançar depois um estatuto de liberdade e converter-se finalmente, no tempo de Teodósio, em religião oficial do Estado. O imperador romano, por esta época, convocou as grandes assembleias dos bispos, os concílios, e a Igreja pôde então dar início à organização de suas estruturas territoriais.

 

A igreja cristã na região do Mediterrâneo foi organizada sob cinco patriarcas, os bispos de Jerusalém, Antioquia, Alexandria, Constantinopla e Roma. As antigas comunidades cristãs foram então sucedidas pela "sociedade cristã", o cristianismo passou de religião das minorias para então se tornar em religião das multidões. Com a decadência do Império os bispos pouco a pouco foram assumindo funções civis de caráter supletivo e a escolha do bispo passou a ser mais por escolha do clero do que pela pequena comunidade, segundo as fórmulas antigas. Por essa época não foram poucas as intervenções dos nobres e imperadores nas suas escolhas. Figuras expressivas da vida civil foram alçadas à condição de bispo, exemplo disto foram Santo Ambrósio, governador da Alta Itália que passou a bispo de Milão; São Paulino de Nola, ex-cônsul e Sidônio Apolinário, genro do imperador Avito e senhor do Sul das Gálas, que foi eleito bispo de Clermont-Ferrand.

 

 
(Basílica de São Pedro, no Vaticano.)

 

Antes de findar o século IV o Concílio de Nicéia (325) e o Primeiro Concílio de Constantinopla, em respostas às heresias arianas e ao macedonismo, formularam a doutrina da Trindade que ficou fixada no seu conjunto no "Símbolo niceno-constantinopolitano". Por esta época colocou-se a questão da humanidade e divindade de Cristo que ficou definida no Concílio de Efêso, convocado pelo imperador Teodósio II, que afirmou que Cristo é "perfeito Deus e perfeito homem" e definiu Maria como "Aquela que portou Deus" (Theotokos) em resposta à heresia Nestoriana (do bispo Nestório) que lhe atribuía apenas o Christotokos (Aquela que portou Cristo). Esta posição depois foi reafirmada no Concílio de Calcedônia (451) e no Terceiro Concílio de Constantinopla (680).

  

  

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